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"Não deixamos de viver quando morremos, mas sim quando deixamos de amar"

Um dia vou voar junto ao azul do céu oriental, serei pálido e saudoso, e soltarei a voz em um soluço
e o vento do sul ao passar nas arestas deixadas pela saudade, monótona e decadente, vai enfraquecer
cada vez que à porta bater até lhe faltarem ares e a exaustão o fazer desistir de sua pugna.
vou tornar-me uma rara surpresa entre os sonhos e os profetas farão de meu nome vaticínios entre
Os sonhos escondidos de quem lembrar de meu suspiro.

Agora me calo após ter sido ouvido nos píncaros e no pego, me calo na insensatez da carne, mas me faço
ouvir no mais profundo sentimento do espírito.
Passaram-se as esperanças e agora me apego ao novo sentimento de ser uma nebulosa afastada do
Do ponto de equilíbrio e encontro em outro momento um novo sentido.

Agora em terras distantes procuro um novo calor entusiasta para reviver a força das paixões deixadas
em um segundo de aspiração onde volvem-se agora silenciosos, quebrantados estando em eterno repouso.
Assim chega neste momento a escuridão que traz juto a tristeza que insiste em lembrar que daquela
canção alvissareira, da alma reticente não mais iria retinir a voz que vivera e sentira, gemera e cantara.
Aí surge a pergunta:
- De que valeu lutar tanto?
Valeu, valeu muito, porquanto “as espumas que no mar justificam a flora sombria da tempestade,
também reluzem como ouro e prata no dia de alegre e fogoso sol”.
Então, o longe vira perto, a distância fica curta, a tristeza vira alegria e alegrias trazem os antônimos.
Agora espero que como aves que fogem do fatídico látego do frio, fuja de mim esta lágrima saudosa, e
estas palavras levem lembranças de mim às vossas memórias.


Depois de um dia terrível de trabalho fui estudar, o cansaço me dominou e acabei dormindo sobre os livros que repousavam seus conhecimentos sobre a planície estática em um dos cômodos de minha casa.
Como é de se esperar os devaneios vêm nos visitar e as vezes são como vaticínios, que deixam a realidade, por um segundo ficar restrita ao mero esquecimento.
Chegou a hora de por em prática todos os conhecimentos recebidos e repassados em momentos exclusivos, agora chegou a hora do vamos ver, do pega pra capar, do é tudo ou nada. É ai que de repente repousa em minha frente um espaço branco com horizontes definidos e com signos linguísticos que me provocam a buscar em minha mente conhecimentos outrora recebidos, o branco daquela folha se impregna em minha mente e por um segundo é como se eu fosse um intruso em terras jamais visitadas.
E agora, não lembro desta, nem desta e ,então, busco um artifício antigo usado pelos ancestrais desta classe chamada estudantes, colar, é colar, vai dizer que nunca fez, me engana que eu gosto, como diz a Damiane, “de trouxa só tenho a cara e o jeito de andar”.
Comecei a olhar para todos os lados, mas parecia que ninguém sabia de nada, caramba, olhava para um estava suando frio, pra outro estava estático o outro ainda nem mesmo se mexia, o que faço agora diante deste momento insólito, único como nunca antes.
Foi quando em um momento de lucidez vi o porque daquela imobilidade de todos , daquele momento estranho como uma viagem ao desconhecido, uma verdadeira Odisseia. Estava ali em minha frente, grande, vivida, monstruosa pronta a assustar a qualquer um que se atrevesse a não acreditar, uma GIARDIA é uma enorme GIARDIA.
E ainda me dizia ser grande mesmo e não adiantava desacreditar, estava ali para me pegar se não respondesse as perguntas, que até então não me lembrava, para que ela não me pegasse, tentei argumentar sobre seu tamanho, mas que nada ela dizia ser mesmo deste tamanho e que eu não poderia fazer nada sobre isso, e se não tomasse cuidado iria fazer de mim seu lanchinho.
E agora estou perdido, não lembro de nada e ainda uma GIARDIA enorme querendo me fazer de lanche. Agora sim isto se tornou irreal, mais até que os contos do Edgar, mas ainda posso sair desta se me lembrar das respostas, acho!
Agora estou vendo melhor na folha, está aos poucos clareando, G-I-A-R-D-I-A não pode ser tão grande assim, aqui diz que ela tem 20 microns, como você pode ser tão enorme assim, aí veio o espanto o medo, será que eu fique minúsculo a ponto de ser do tamanho ou menor que uma GIARDIA, foi quando ela na minha frente, no campo visual de minhas órbitas oculares se dissipou, sumiu, escafedeu-se não a vi mais, as pessoas ao meu lado sumiram, estava tudo branco parecia que eu havia me transportado para dentro da folha em minha frente ou até mesmo, quem sabe, para dentro da barriga da GIARDIA. Caramba que aventura esta, não sabia o que fazer gritei,clamei ajuda, até que ouvi uma voz dizendo – Não se preocupe meu rapaz, uma GIARDIA não é tão grande assim, tenha calma que você não virou lanche, mas tome cuidado ao tomar água.
Foi quando aos poucos,como em um passe de mágica tudo foi retomando o colorido, as formas, os odores e tudo mais, a realidade cobrava sua existência e me fazia recobrar a consciência e trazia-me novamente a realidade – nossa nem sai daqui de minha mesa.
Então, descobri que foi tudo um sonho.

               ...
As aves do silêncio gorjeiam
Entre um momento tétrico da solidão,
Esvoaçam no sacudir de suas asas
A poeira, sobras de uma noite sem dormir.
Procuro um caminho por entre
O doce convite de uma taça de vinho
Que me chama a conhecer
A parreira obliqua,
Majestosa, lépida,
E insistentemente ébria.
Nos sonhos avassaladores lança raízes vorazes
Capazes de sugar a seiva das mais pobres vontades
E esquecer do convite da solidão,
Que faz morada nos becos escuros da noite
Ou na ponta da rua da escuridão eterna.
Há pressa em devorar-lhe para sempre
E perder a embriaguez em segundos
Na transparência instantânea da lucidez.
Um brinde, tão antigo que se perde no tempo.
Cíclico como a espiral de um ciclone
Depois de copos de insanidade oferecidos
ao filho de Zeus gerado fora do ventre da mãe.
                     ...

O trem


Certa vez, fazia uma viajem de trem e percebi um banco vago, outras pessoas por ali liam, outras conversavam e assim diziam:

- Você viu ontem na novela o beijo da atriz.
- É não tem jeito mesmo os preços aumentam e nossa aposentadoria cada vez mais diminui.
- Olha o amendoim torrado - dizia um menino passando e se equilibrando com os solavancos da composição.
- Caneta, olha a caneta.
- Olha o livro de receitas.
Uma torre de babel de produtos que a cada estação o vagão perdia alguns e logo em seguida recuperava mais uns dez.
- Esconde, esconde olha os home! - Gritou alguém lá do fundo.
- Tô desempregado e preciso de ajuda para dá de comer pros meu filho, me acuda pelo amor de Deus!
Fico um tanto curioso por que aquele banco ainda continua vazio, por certo não é reservado para gestantes nem para deficientes, ou tampouco para idosos, não é de cor diferente e nem tem aqueles adesivos.
É um mundo diferente dentro desses vagões que transitam durante o dia, que levam e trazem dezenas de pessoas, sabe lá pra onde e traz sabe lá de onde, só sei que estive lá naquele dia ou de vez em quando, mas com certeza com um destino.
- Moço, vai ai uma balinha de hortelã.
- Não obrigado, não gosto de hortelã.
- Mas tem de limão, de uva, de banana!
- Não, muito obrigado.
Peguei um jornal que havia sido deixado ali no banco ao lado, para ler a primeira noticia : "Açougueiro mata amante da esposa dentro de casa".
Fechei o jornal e fiquei olhando a paisagem que passava diante da janela de belos trens espanhóis comprados a preço de novos, e via um belo jardim por toda o caminho composto por lindos pés de capim gordura e outros tipos de ervas daninhas.
Mas de repente olhei e vi aquele banco vazio, seria um tipo de teste, ou seria um novo equipamento ali colocado, como entrei no trem em uma estação bem depois da inicial não saberia dizer o porque.
Olho no relógio, acho que vou chegar a tempo para meu encontro - pensei comigo.
- Atenção senhores usuários estamos parando por pobremas técnicos na linha.- não fui eu que errei, o maquinista disse pobremas mesmo.
Só me faltava essa, preso aqui até sabe quando, ja não bastava a distância agora também essa parada do trem, uma coisa é certa os vendedores terão muito tempo para vender seus produtos.
- Olha a bala de hortelã, limão, uva, manga, banana.
Um estalo e... Viva! O trem novamente começa a andar, devagar mas está andando.
Então, olho para aquele banco e ele continua vazio, mas é contra a lei da natureza humana em um lugar cheio de pessoas ninguém ocupá-lo.
O trem continua seu caminho deixando para trás as paisagens estáticas. De repente um lance rápido de algo perdido em algum momento perdido dentro daquele mundo perdido, encontra-se uma revelação a chamar a atenção de quem espera que o tempo seja cúmplice de novas descobertas.Uma gota.
- É, uma gota caída daquele banco abandonado, inundado, a espera de alguém que lhe de um pouco de calor humano, mesmo que seja de uma bunda.
Parou!
Nova estação, as portas se abrem e entra uma alma vinda de onde poucas transitavam.
Ele mira o banco, o banco mira-o, eles se querem, eles se desejam, o primeiro lança um olhar cativante, possessivo, o segundo age com resignação esperando o momento do triunfal encontro. Chega então o momento decisivo – Puta que o pariu não senta - Nunca pensei tão alto em minha vida.
Mas era tarde, inundou-se o rabo.

Talvez um dia ao olhar para o alto e não ver mais o azul do céu oriental, pálido e saudoso, em que a voz do vento nas arestas fica monótona e decadente e enfraquece cada vez que à porta bater queixoso e tétrico, talvez quando das bandas do ocidente me faltarem ares, como chama a se apagar, crepúsculo inconseqüente tornar-me-ei. Deixarei a veste branca recortar a penumbra do horizonte vacilante e a onda invasora descer de suas alturas e lavar a pureza das almas.

Longe... inda mais longe, mais alto que os píncaros ou no pego, embebem-se os olhos na distância, somem, abismam, se perdem em um naufrágio celeste; Só e triste a bordo dos sonhos, segui com os olhos uma aventura indefinida, aí desvaneceram as esperanças e a “alma apegou-se a forma vacilante das montanhas – derradeiras atalaias dos arraiais da mocidade”.

Porém, em terras distantes, onde chegara com calor entusiasta, a força das ilusões, a idade ainda com o poder de lutar e as esperanças de alcançar vitória por Afrodite minha; volvem-se agora silenciosos, quebrantados esperando repouso em antigos devaneios.

Assim, frente a tristezas quando o manto negro cobre céus e solidão sobe com a brisa do oceano, lembro-me de ti. Contudo, insistia a tristeza ao lembrar que nada restaria daquela canção alvissareira, da alma reticente não mais iria retinir a voz que vivera e sentira, gemera e cantara. Logo, chega a hora de obumbrar-se sobre o vasto incêndio do crepúsculo e calar o belo sorriso efêmero.

Aí surge a pergunta:

- De que valeu lutar tanto?

Valeu, valeu muito, porquanto “as espumas que no mar justificam a flora sombria da tempestade, também reluzem como ouro e prata no dia de alegre e fogoso sol”.

Então, o longe vira perto, a distância fica curta, a tristeza vira alegria e alegrias trazem os antônimos.

Agora espero que como aves que fogem do fatídico látego do frio, fuja de mim esta lágrima saudosa, e estas palavras levem lembranças de mim às vossas memórias.

Ser louco não é tomar mel é chupar a abelha, existem loucuras que fazemos todos os dias - dormir de meia, acordar durante a noite para comer, ligar o rádio as 7h00 da manhã em volume alto, só para dizer algumas. Mas , loucura mesmo é se achar dom Pedro I e sair por ai sentado num cabo de vassouras gritando - Idependência ou morte. O que acham?
Loucura é viver em um pais que em alguns anos será umas das 5 maiores economias do mundo e mesmo assim vermos tanta desigualdade social e não fazer nada para mudar nem mesmo mandar um e-mail para os políticoas para dizer - olha estou aqui vendo o que você está fazendo!
Loucura é sentar e esperar que a montaha va até Maomé, é esperar que o ovo cozinhe em agua fria, que ostra triste não de pérolas.
Que "a razão seja o perfeito equilibrio de todas as faculdades, fora daí, insânia, insânia e só insânia." está certo, porém, o equilibro está também na "loucura equilibrada da razão", uma linha tênue a ser respeitada.
A loucura segundo Simão Bacamarte, "diz que os loucos agora são os leais, os justos, os honestos e imparciais. Dizia que se devia admitir como normal o desequilíbrio das faculdades e como patológico, o seu equilíbrio."
Louco, o que é então ser louco? - Podemos chamar a atenção para a relatividade da ciência. Observamos que, a cada teoria criada, pensa-se estar diante de uma verdade absoluta para, em seguida, perceber que isso não é verdade. Isso é loucura!?

Portanto, chego a conclusão que não há loucura, ou há, dependendo de quem vê, de quem faz, será que é isso?
Como diz a Damiane, Se é louuuuuuco.

Quanto vale estar atento a tudo o que se passa se em um segundo, em uma palavra perde-se o que se achava ser só seu, imperdível, icontestável. O silêncio é ensurdecedor as vezes trazendo o sono, o sonho, o medo. A noite sua companheira constante sussura em nossos ouvidos - é agora - e vc sonha. sei lá se os ventos são mesmo deuses gregos e se existem as deusas belas, inteligentes, fortes e audazes, só sei que servem de apoio de exemplos de beleza, afinal são deusas. como algumas mulheres que conheci ou conheço, engano são todas as mulheres lindas.
Que criação linda, maravilhosa capazes de gerar vida, sentir dores e mesmo assim amar, são magnificas e se comparam aos mais fortes exemplos de criação inteligente. Mas, é assim, pode-se tirar exemplos dai para se escrever, recitar, fazer uma ceresta ou coisas parecidas.
Ah! quanto ao quanto vale estar atento. vale muito, porque num pequeno descuido vc poderá perder uma ótima chance de sonhar a realidade. 

Toda luta tem um vencedor, mas o que na verdade pode convencer-nos de que a realidade nos reserva plenitude? Nos convencer de que a força dos sentidos é mera consequência de nossas lutas anteriores?
O tempo simplesmente não para e a idade das paixões passam sem perguntar nada a ninguém, por isso podemos até pensar que são ladroes, estes minutos, que me roubam os momentos.
Entretanto, somos capazes de, assim como a fenix, ressurgir, ou de desenvolver outros atributos incomparáveis, incontestáveis de mágia, encantamento e sentimento. A cada palavra podemos fazer sonhos virarem realidade como ao mesmo tempo tornarem-se os piores pesadelos. Contudo, a veracidade da alma é indiscutível, incontestável ao ponto de não resistirmos a verdadeiras emoções que brotam do coração antes mesmo de piscarem os olhos.
Portanto não há roubo, não há rispídez e nem mesmo razão para não tentarmos mudar a razão da natureza de algumas situações.


            Na verdade o que mais se procura na vida é o que nunca se encontra, alguns procuram nos seus sonhos mas não sei se é o lugar certo para se brincar, outros procuram no trabalho e não posso dizer que seja o melhor lugar, outros buscam em outros o que precisam.
           Na verdade nunca vou saber explicar ou melhor dizer se há algo para procurar, está em nosso íntimo saber a hora de ir ou parar. A noite busca o dia, só até amanhecer, o dia busca a noite até o entardecer até momento do incendio celeste.
           Não há fórmula extata para tudo que se quer, ou mesmo para o que se procura, pois se conseguir logo estará a procura de outra e outra e outra.
           Na verdade, não há busca, não há encontro, talvez sejam casualidades, coincidências, que fazem com que acreditemos em tudo, em todos, mas por que não acreditar?, por que não ter isso como regra?
           Afinal vale a pena viver, vale a pena, mesmo sem saber de onde vem tudo, acreditar e viver.

Nunca foi tão fácil comunicar-se com outras pessoas como hoje, através de diversos meios podemos mandar um oi, um abraço, um beijo coisas que até uns vinte anos atrás gastava-se papel, caneta e tinha que se ter muita vontade para sentar e escrever uma carta; é uma carta já ouviu falar? - não? - Pois é, as vezes me sinto saudosista por ter saudades do ato de escrever uma simples carta dizendo oi, mandando um abraço, ou mandando um beijo, mas sei que se fizer acho que não haveria resposta.
Penso as vezes de como será no futuro se ainda haverá meios ainda mais modernos de comunicação. Se houver é sinal de que o homem ainda não deixou de ser um ser sociável e tem ainda necessidade de relacionar-se, ufa ainda bem.
Então não perca a oportunidade, use e abuse dos e-mails, blogs, flickr, msn, e tudo que for possível, mas como seria bom se ainda usassem a boa e emocionante carta.

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