Um dia vou voar junto ao azul do céu oriental, serei pálido e saudoso, e soltarei a voz em um soluço
e o vento do sul ao passar nas arestas deixadas pela saudade, monótona e decadente, vai enfraquecer
cada vez que à porta bater até lhe faltarem ares e a exaustão o fazer desistir de sua pugna.
vou tornar-me uma rara surpresa entre os sonhos e os profetas farão de meu nome vaticínios entre
Os sonhos escondidos de quem lembrar de meu suspiro.
Agora me calo após ter sido ouvido nos píncaros e no pego, me calo na insensatez da carne, mas me faço
ouvir no mais profundo sentimento do espírito.
Passaram-se as esperanças e agora me apego ao novo sentimento de ser uma nebulosa afastada do
Do ponto de equilíbrio e encontro em outro momento um novo sentido.
Agora em terras distantes procuro um novo calor entusiasta para reviver a força das paixões deixadas
em um segundo de aspiração onde volvem-se agora silenciosos, quebrantados estando em eterno repouso.
Assim chega neste momento a escuridão que traz juto a tristeza que insiste em lembrar que daquela
canção alvissareira, da alma reticente não mais iria retinir a voz que vivera e sentira, gemera e cantara.
Aí surge a pergunta:
- De que valeu lutar tanto?
Valeu, valeu muito, porquanto “as espumas que no mar justificam a flora sombria da tempestade,
também reluzem como ouro e prata no dia de alegre e fogoso sol”.
Então, o longe vira perto, a distância fica curta, a tristeza vira alegria e alegrias trazem os antônimos.
Agora espero que como aves que fogem do fatídico látego do frio, fuja de mim esta lágrima saudosa, e
estas palavras levem lembranças de mim às vossas memórias.
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Postado por
wal lima
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